Por Zezé Freitas (saudades de mãe)

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Da Venezuela (Maiquetia) para o Brasil (São Paulo):

Meu vôo para São Paulo sairia em onze horas. Este aeroporto, como tudo na Venezuela, possuía temperatura que se assemelhava à do pólo norte, tampouco tinha bancos ou cadeiras para passageiros que porventura quisessem aguardar seu vôo. Imagine esperar onze horas em um local assim? Fomos a uma lanchonete que estaria aberta até as 22 horas, tomamos um suco, Bruno gravou uma mensagem na câmera fotográfica.

Caminhei mais um pouco pelo aeroporto e encontrei três poltronas que utilizaríamos durante toda a noite enquanto aguardássemos meu horário de vôo. Em meio ao silêncio; discussão; confissões; promessas; cansaço; sono e lembranças, Bruno fez um colar pra Carol, uma coleira pro Juka e um anel pra mim. O colar azul, por ter a cara da Manoela, foi morar em seu pescoço, a coleira do cão, por ser larga, aguarda um reajuste e o anel, por ser incômodo, repousa no armário. Amanheceu, fiz meu check in, nos abraçamos e enfentamos a separação. Dolorida partida.

Enxergo, ainda que de olhos cerrados.
Inundo-me de amor com suas palavras.
Rego a alma com sua ternura.
Sou feliz!

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