Trocar os versos ritmados pela simplicidade da amostragem mais crua. Limitar a caligrafia a rabiscos apagados enfei(t)ando aquele caderno velho.
Precisar expressar tudo com toda a clareza possível, colocar-se o tempo todo, em relação a tudo, de maneira impossivelmente definida. Endurecer a ponto de perder aquela inspiração quase espontânea, caçando palavras e correndo atrás do que se quer dizer - e não mais o inverso.
Endurecer, sim.
Deixar de rimar palavras, para rimar as coisas da vida.
Dezessete de julho de dois mil e quatro, trinta e um de dezembro de dois mil e cinco, seis de março de dois mil e seis, dezenove de dezembro de dois mil e sete, vinte e sete de março de dois mil e oito, trinta e um de março de dois mil e oito, dezenove de dezembro de dois mil e oito.
E para voltar a falar: multiplicar.
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